Os números da obesidade no mundo são já alarmantes e, por mais campanhas que se faça, parece que nada resulta.
O mesmo pensou David Kessler, médico norte-americano e antigo responsável máximo pela FDA, a agência dos EUA que regula os medicamentos e alimentos) que, depois de anos a lutar contra a balança, tentou perceber o que está por detrás do peso excessivo. O resultado é o livro "The end of overeating: taking control of our insatiable appetite", em que explica partes desse interminável processo.
No livro, destaca os três principais vilões para um peso saudável: sal, açúcar e gordura. E o elevado consumo destes três elementos faz que as pessoas comam mais, porque causam compulsão alimentar, estimulam os neurónios e ajudam a libertar dopamina, um neurotransmissor que faz aumentar a vontade de comer.
Este trio de engorda também é usado como ingrediente de base para uma série de alimentos. Por exemplo, a fast food é rica em açúcar, sal e gordura e muitas vezes é de tal forma processada que quase dispensa a mastigação.
Será que o cérebro não enjoa aqueles alimentos? Segundo o autor, a combinação de sal, açúcar e gordura não produz a resposta do organismo para se adaptar. Se o estímulo for suficiente, o cérebro não se cansa. É o caso de alguns "hiperpalatáveis", como o chocolate.
Alimentos cheios de açúcar, gordura e sal podem modificar algumas estruturas cerebrais. Elas estimulam o sistema de recompensa. Quanto mais comemos, menos conseguimos controlar a vontade.
Um estudo recente realizado em Portugal conclui que cerca de 46% da população adulta portuguesa é hipertensa.
A hipertensão arterial (HTA) ocorre quando a pressão que o sangue exerce sobre as artérias, a tensão arterial, é superior ao considerado saudável: TA normal < 130-85.
A HTA é um dos principais factores de risco para as doenças cardiovasculares, como o enfarte e o acidente vascular cerebral, as principais causas de morte em Portugal. Além de alguns factores orgânicos, como a idade e factores genéticos, em muitos casos a HTA está associada a factores de risco como: excesso de peso e obesidade, consumo de sal (sódio), sedentarismo, colesterol elevado, má alimentação, álcool e stresse.
Muitas pessoas não conseguem respeitar as indicações do corte ou redução do consumo de sal. Para esses doentes, e para todas aquelas pessoas que pretendam diminuir os riscos associados ao consumo de sódio, há no mercado um sal sem sódio. O Bonsalt permite continuar a desfrutar de todo o sabor dos alimentos, e pode ser consumido por toda a família.
Eu experimentei este sal amigo do coração na confecção dos alimentos e posso confirmar que também é amigo do sabor.
O evento decorreu em pleno Mês do Coração e em vésperas do Dia Mundial da Hipertensão. É preciso consciencializar os portugueses para o facto de consumirem diariamente 10,7g de sal, mais do dobro do que é recomendado pela Organização Mundial da Saúde. É o sódio presente no sal convencional que contribui para a hipertensão, e por isso a necessidade de um substituto com todo o sabor do sal, com 0% de sódio.
O ingrediente principal deste workshop foi o Bonsalt, um substituto do sal, sem sódio e sem os malefícios do sal convencional. Bonsalt é o tempero adequado a todos os que procuram uma alimentação mais saudável ou que tenham restrições de sódio na sua alimentação, como pessoas com problemas de hipertensão.
A vida pode e deve ter muito sabor. Mas não faça do sal de cozinha o sal da sua vida.
Um pequeno truque para diminuir o consumo de sal sem perder o sabor dos alimentos consiste em cozinhar antes de adicionar o sal, colocando apenas um pouco de sal já depois dos alimentos estarem cozinhados. Com esta medida simples, a quantidade de sal absorvida pelo organismo é substancialmente menor e os alimentos sabem ainda melhor.
Comer pão em Portugal vai ser mais saudável a partir de hoje com a entrada em vigor da nova lei que obriga a uma menor quantidade de sal no pão vendido em Portugal.
A nova lei define um teor máximo de 1,4 gramas de sal por 100 gramas de pão e obriga a que os rótulos das embalagens de alimentos pré-embalados prestem informação sobre a quantidade relativa e absoluta de sal na embalagem por percentagem do produto e por porção/dose.
Recorde-se que Portugal consome o dobro do sal que é recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), cada português consome em média 12 gramas de sal por dia quando a OMS recomenda um máximo de seis, uma situação que a Sociedade Portuguesa de Hipertensão acredita que será alterada com esta lei.
E se o principal inimigo da nossa forma for o sal? Se é indispensável para fixar a água nos tecidos e evitar a desidratação, em grande quantidade retém os fluidos corporais que nos fazem inchar e aumentar de peso. Em Portugal consome-se, muitas vezes, o dobro da quantidade diária recomendada pela OMS, cinco gramas de sal. Frequentemente, o sal está escondido nas latas de conservas e nas refeições pré-cozinhadas. Esteja atento aos rótulos.
Sobre mim
Sou a Ni, sou nutricionista e este é o meu blog. Aqui partilho a minha paixão pelo fabuloso mundo da nutrição. Dizem que este é o melhor blog sobre nutrição do mundo e arredores!