A energia que gastamos diariamente depende de vários factores: metabolismo basal, actividade física e efeito térmico dos alimentos. A termogénese alimentar é responsável por cerca de 10% do gasto total de energia. Sempre que comemos há gasto metabólico efectivo da digestão, absorção e armazenamento dos nutrientes. Há alimentos que fazem aumentar o gasto, porém esses alimentos, por si só, não podem ser encarados como milagrosos. Gengibre, canela, pimenta vermelha e o chá verde têm esse poder. Além da mostarda, laranja, kiwi, cafeína, brócolos, acelga, couve, espargos, alimentos ricos em ómega-3 (bacalhau, salmão, sardinha, anchova) e o ácido linoleico conjugado (presente na carne de peru, carne bovina e alguns lacticínios). Estes alimentos devem fazer parte de uma alimentação saudável e equilibrada, e associados à prática de exercício físico (que promove o aumento do metabolismo basal), para que se tenha efeito positivo no processo de emagrecimento. Sozinhos, ou consumidos em excesso, não têm efeito no organismo.
Sim! O colesterol elevado pode ser uma herança familiar, pode fazer parte do código genético da pessoa mesmo que tenha uma alimentação correta e que pratique exercício físico. Existem muitos mitos associados ao colesterol elevado. Por volta dos 20 anos, os níveis de colesterol total começam a aumentar, tanto nas mulheres como nos homens. No entanto antes da menopausa (45-55 anos) as mulheres apresentam níveis de colesterol inferiores aos dos homens com a mesma idade. Após a menopausa, os níveis tendem a aumentar. A alimentação inadequada, excesso de peso, falta de atividade física, idade e sexo são outros dos fatores associados ao colesterol.
" ... tenho 32 anos e desde os 17 que tenho peso a mais. Já experimentei todo o tipo de dietas, e produtos, mas consigo sempre recuperar o peso que perdi. Mas nunca fui a um nutricionista, por achar que as revistas diziam tudo o que precisava saber. Durante anos pensei que passar fome garantia que conseguia emagrecer, não é assim?..."
Não, passar fome não é garantia de sucesso quando se quer emagrecer. Comer proporciona energia para as actividades do dia-a-dia e também para pensar. A fome enfraquece o organismo, que se adapta à restrição reduzindo o consumo calórico. No tempo das cavernas havia períodos de grande carência de alimentos, e desde então, não houve evolução do nosso organismo, que continua a permanecer alerta para garantir a sobrevivência e a ser óptimo a poupar energia. Ao reduzir-se muito a ingestão calórica, o metabolismo baixa, a circulação sanguínea periférica torna-se mais lenta para minimizar as perdas de calor e o ritmo respiratório diminui. Emagrecer com energia e saudavelmente não é passar fome, nem passar por grandes restrições. Apesar de ser um paradoxo, é preciso comer para controlar o apetite e o peso, mas é preciso comer bem e equilibradamente.
Escolham o caminho certo e peça a ajuda certa a um nutricionista; não é milagroso, mas chegam ao destino. Os atalhos são um perigo.
O combate e prevenção da celulite deve ser uma luta para todo o ano.
Há alimentos que são nossos aliados. É o caso dos que contêm lecitina (soja), ácidos gordos essenciais (salmão, amêndoas, azeite), aminoácidos (peixe branco, feijão, frango e legumes) e vitamina C, que ajuda à sintese de colagénio bom (citrinos).
O combate à celulite desaconselha a ingestão de alimentos ricos em açúcar, sal, café e bebidas com cafeína (por exemplo, colas), álcool, fritos, refeições pré-cozinhadas e sopas enlatadas que contribuem para o acumular de gordura.
O bebé não é esquisito com a comida, come muito bem, e é sempre um entusiasmo quando chega a hora da refeição. Esta costuma ser uma das melhores notícias para os pais mas um estudo revela agora que bebés com um maior apetite crescem mais depressa mas ficam expostos a um maior risco de obesidade. Uma outra investigação relacionada com o apetite revela ainda que o desejo de querer comer mais, e assim arriscar um aumento de peso, pode ser genético.
A doença celíaca, é uma doença auto-imune que se traduz numa intolerância alimentar crónica ao glúten, presente no trigo, centeio, cevada e aveia. Estima-se que uma em três pessoas da população portuguesa sofra de doença celíaca. Esta doença surge normalmente entre os 6 e os 20 meses, após a introdução de alimentos com glúten, como papas, pão e bolachas, na alimentação. A ingestão de alimentos com glúten leva a que o corpo desenvolva uma reação imunológica contra o próprio intestino delgado. A longo prazo, o não cumprimento da dieta isenta de glúten favorece o aparecimento de cancro do tubo digestivo. Certos estudos indicam que há também uma forte associação entre o não cumprimento da dieta e o surgimento de osteoporose, infertilidade, malnutrição, depressão e linfomas intestinais. Em condições normais, se o celíaco cumprir a dieta de forma rigorosa, o tratamento da patologia não implica a toma de nenhum medicamento.
Em período de crise, como este em que vivemos, torna-se mais difícil cumprir um regime isento de glúten. Este é o único tratamento disponível para estes doentes, mas a falta de comparticipação do estado impede que muitos doentes possam comprar produtos sem glúten, que, geralmente, são mais caros. Como alternativa, é aconselhável confeccionar os próprios produtos em glúten, em casa, para que possa optar por receitas a ser gosto, mais saudáveis e económicas.
Os alimentos proibidos e que devem ser excluídos da dieta são todos aqueles que na sua composição tenham trigo, centeio, cevada e aveia. Nesta lista incluímos pão, bolos, bolachas, massas, iogurtes com cereais, alheira e farinheira, sopas de pacote, cerveja, panados, delícias do mar e ingredientes como o amido dos cereais proibidos, amido, amido modificado, proteína vegetal, fibras alimentares, E-14xx e E-5xx, malte e xarope de malte, extrato de malte, levedura e cereais. Também é necessário ter em atenção os alimentos que, disfarçadamente podem conter glúten na sua confeção, como: charcutaria, pré-cozinhados, molhos e temperos industriais, sobremesas instantâneas, gelados, chocolates, fruta em calda e cristalizada, gelatinas, produtos de soja, natas, manteigas e margarinas. Para que a dieta seja cumprida, deve ler adequadamente os rótulos.
A eliminação do glúten da alimentação permite que o intestino regenere da lesão e o organismo recupere. Mas se houver reintrodução, as inflamações regressam e os sintomas reaparecem, como por exemplo: vómitos, diarreia crónica/ prisão de ventre, alterações de humor, anemia, cansaço.
Hoje assinala-se o Dia Europeu da Alimentação e da Cozinha Saudáveis, que pretende realçar a importância de uma alimentação saudável nas crianças, com o objectivo de combater o actual crescimento da obesidade infantil. No âmbito da comemoração deste dia, a Associação Portuguesa dos Nutricionistas (APN) lança o E-book “Comer bem, fora de casa - Um guia para escolhas alimentares saudáveis”, onde são apresentadas algumas sugestões destinadas a todos os elementos da família que realizam as refeições fora de casa, nomeadamente no restaurante, no bar, no refeitó rio, entre outros. É ainda possível encontrar algumas receitas saudáveis para quando se pretende levar as refeições preparadas de casa, seja para o local de trabalho, de estudo, ou até para momentos de lazer.
Dado que é na infância que se formam muitos dos nossos padrões de estilo de vida, sugere-se envolver as crianças, sempre que possível, no planeamento e preparação das refeições, para desenvolverem desde cedo o gosto pela culinária e alimentação saudáveis!
Para afastar a depressão pode também ter estes cuidados simples:
coma pouco e muitas vezes ao dia, para melhorar o controlo de açúcar no sangue;
siga uma dieta variada; evite bebidas estimulantes como as que têm cafeína, porque podem diminuir a capacidade de absorção das vitaminas do complexo B;
evite consumir álcool, que pode contribuir para reduzir a absorção de minerais, especialmente de magnésio.
Este ano, "Sistemas Alimentares Sustentáveis para Segurança Alimentar e Nutrição" é o tema para comemorar o Dia Mundial da Alimentação, que se assinala hoje.O dia 16 de outubro foi a data escolhida pois foi neste dia que, em 1945, foi criada a FAO, uma organização cujo objetivo principal é elevar os níveis de nutrição e desenvolvimento rural.
O Dia Mundial da Alimentação – anunciado pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) – dá foco à data e ajuda a aumentar a compreensão de problemas e soluções na busca pela erradicação da fome.
Hoje quase 870 milhões de pessoas em todo o mundo sofrem de desnutrição crónica. Modelos insustentáveis de desenvolvimento estão degradando o meio ambiente, ameaçando ecossistemas e a biodiversidade que serão necessários para garantir o fornecimento de alimentos no futuro. Os clamores por profundas mudanças em nossa agricultura e nosso sistema alimentar se tornam mais frequentes e mais insistentes. Como se pareceria um sistema alimentar sustentável? É possível passarmos da situação atual para essa proposta? O que precisaria ser mudado para nos mover nessa direção? O Dia Mundial da Alimentação 2013 é uma oportunidade para explorar essas e outras questões, e ajudar a fazer acontecer o futuro que nós queremos.
Sou a Ni, sou nutricionista e este é o meu blog. Aqui partilho a minha paixão pelo fabuloso mundo da nutrição. Dizem que este é o melhor blog sobre nutrição do mundo e arredores!