Com a chegada dos dias quentes, os pensamentos voam facilmente para a praia, mas é aqui que começam os “dramas” mais comuns à maioria das mulheres… e dos homens! É nesta altura do ano que as atenções se viram novamente para o corpo. E o biquíni ou os calções de banho deixam ver facilmente os quilos em excesso. Com o calor também somos inundados com dietas rápidas que prometem resultados relâmpago e fáceis de alcançar. São prometidos verdadeiros milagres! Dietas loucas, chás, cremes, produtos naturais... Atenção: constituem vários perigos.
Temos que ter consciência que não existem milagres, e que não se pode desejar emagrecer a qualquer preço. O preço não pode ser a nossa saúde. Mentalize-se que aumenta de peso quando a energia que consome é superior à energia gasta. É preciso aprender a comer e a aumentar a actividade física. Alterar hábitos nem sempre é fácil, e por vezes demora um bocadinho... mas depois os resultados são duradouros.
A pensar em todos os que precisam de aconselhamento especializado na área da Nutrição, criei a consulta online.
Para poder ter um plano individualizado e tirar todas as dúvidas, só precisa de ter uma ligação à Internet. O resto funciona exactamente como uma consulta presencial: há uma marcação prévia e, no dia da consulta online, por vídeo-chamada, tem a nutricionista à sua disposição para a sua consulta.
Se estiver a quilómetros de distância, não precisa de se deslocar ao consultório, perder tempo e gastar combustível. Todo o processo é confidencial e as informações são fidedignas. Antes da marcação da primeira consulta,envio, por e-mail, uma ficha que deverá ser preenchida e devolvida, para uma avaliação preliminar. Até isto contribui para o ambiente porque poupa papel: tudo é feito electronicamente.
É com o peito a rebentar de orgulho que partilho o testemunho da Joana. É uma guerreira, uma vencedora! Vamos equipa, até à vitória final.
Maratona de NY 16
Aqui fica a história de uma não-corredora tornada em corredora que atravessou a meta da Maratona de Nova Iorque com a dieta da Ni (literalmente)!
Conheci a Ni, em Lisboa, num jantar de amigos, numa altura em que tinha acabado de ganhar a entrada para correr na maratona de Nova Iorque e estava a tentar corrigir os hábitos alimentares. A minha história não é mais uma história de uma perda drástica de peso. Não. A minha história fala acerca de algo mais importante: de uma mudança no estilo de vida aos 33 anos.
Nunca fui atleta. Fiz natação quando era adolescente e pouco mais nas aulas de educação física. A minha relação com o fitness começou numas aulas inofensivas de Bootcamp em 2014. Nessa altura, o meu treinador, Corey Belin, lança-me um desafio: e que tal começares a correr 15min por dia 6 dias por semana?
Why not? Num mês e meio fui de 15 min por dia a 5km por dia. E seis meses depois cortei a linha final da minha primeira meia maratona. A partir daí nunca mais parei de correr. Correr é como o sexo, 5km da muito trabalho mas 15km pode ser muito divertido. E eu, sem querer, tinha acabado de encontrar o meu novo hobby. Correr distâncias, claro.
Treinar para uma maratona é um projeto de vida. A equação do sucesso é simples: corrida qb, muito descanso, alongamentos de manhã e à noite e uma boa dieta. Foi aqui que a dieta da Ni entrou na minha cozinha e o livro dela ganhou um espaço especial numa das minhas prateleiras. Hoje, que sou uma maratonista, deixem-me dizer isto em voz alta: A DIETA É METADE DO TREINO!
E, quando se fala em dietas, vamos lá ser sinceros: a palavra mais próxima de nutricionista é... 'fome'. Não haverá, afinal, muitas nutricionistas que lhe deixam manter algumas das suas extravagâncias. Mas a Ni é uma 'game changer'. O essencial? Comer seis vezes por dia porções adequadas ao seu peso e não aos seus olhos. Come-se o que se gosta e esqueça o limite de calorias. Mais: eu nunca fui para a cama com fome. Nunca! O bónus para pacientes mais regrados: manter dois pecados calóricos por semana. Tudo com medida. Mas também não vou mentir: durante o período de transição, o meu corpo manifestou-se. Pudera! Nunca mais pude tomar pequeno-almoço com seis colheres de açúcar. Mas ainda agora escrevi a palavra-chave da dieta da Ni: tudo mas... com medida.
Então, ensinei o meu o corpo a aceitar as alterações na dieta. Não é muito diferente de correr pela primeira vez 30 quilómetros. Sim, é possível. Sim, nós estávamos no caminho certo. Sim, eu tinha os ingredientes que precisava. Sim, há persistência. Sim, menos cinco quilos, massa gorda reduzida até 14%, massa muscular elevada para 45%. Eu hoje posso não ter o peso que tinha aos 27 anos, mas estou na melhor forma de sempre. A foto de perfil não deixa mentir.
Eu vou poupar-vos os detalhes da minha dieta, o que comi e não comi, e vou contar este episódio: no meio do meu treino surgiu me uma dor aguda na minha perna direita. Parte da receita de curar esta lesão estava também na cozinha. Na altura suspeitava-se que eu poderia ter uma fratura e o Dr Levin, antigo médico da seleção Olímpica Americana, começa a dar-me o ABC do que comer durante o treino. Coisa e tal incluiu la pelo menos um iogurte por dia dizia-me ele. (Acreditem ou não muitos corredores não prestam a atenção à dieta que fazem, ou consomem quantidades limitadas de cálcio.)
Levantei-me da maca e comecei a ler a dieta da Ni, incluindo os três iogurtes que já comia diariamente. “A comer tão bem não vais precisar de muito para terminar a maratona”, responde o Dr. Levin. E eu pensei que essa é uma frase típica que se dá a corredores que seguem uma alimentação regrada. Durante o meu treino + dieta da Ni, eu sentia que tinha mais energia para correr. Eu corria 33k e não sabia o que era ficar dorida pós-corrida. Eu tinha a certeza que era a dieta da Ni que estava por detrás dos resultados e não só as horas que eu corria por semana. Mas a verdadeira lição veio mesmo quando atravessei a linha final.
Terminei a maratona de NYC em 05h09. O fascínio de correr uma maratona é duplo. Primeiro o construir a quilometragem até conseguir correr 42km sem parar. Segundo o corpo humano ao final de duas horas fica sem energias e a mente faz o resto. No meu caso não foi bem assim a última parte. No dia da corrida consumi gel ate às 3h de corrida, depois comi uma banana. E na última hora de corrida, a mais difícil, corri com as minhas reservas de energia, portanto, a dieta da Ni, até atravessar a meta. E, digo mais, corri 42.2km, mas podia ter corrido 50km.
Quando digo isto a outros corredores Americanos eles ficam espantados, como se eu fosse um ser sobrenatural, e perguntam me se segui alguma dieta de um atleta da Eritreia. Nada disso. Só a dieta da Ni: nada de açúcar, café qb, aveia, nozes, manteiga de amendoim, muitos legumes, carnes vermelhas ao almoço apenas e brancas a noite, cavala, iogurte, abacate e até a um pedacinho de chocolate eu tinha direito.
Afinal, quem tinha razão era o Dr. Levin, com a certeza que eu não precisaria de muito mais do que a dieta da Ni para chegar ao final. A única ironia do destino foi esta: portista a correr a maratona de Nova Iorque com uma águia ao peito (símbolo da minha equipa de corrida nos EUA).
Estás linda, Joana!
Braços de corrida Izoneusa, da qual a Joana é embaixadora nos EUA
Mensagem da Joana: Ni, comprei as calças em Junho. Cheguei a finais de Julho e já não serviam!
Hoje, estive no programa A Praça na RTP1 para falar dos meus enfrascados e dar algumas ideias de refeições para estes dias quentes. Para quem não viu ou quer rever pode ver Aqui
Com A Minha Dieta quis e continuo a querer que as pessoas percebam que é possível seguir um plano alimentar simples, prático e saudável sem passar fome. Muitas pessoas acreditam que para se comer correctamente é necessário seguir um plano alimentar muito restritivo, e por esse motivo desistem antes de começar. Mas dos primeiros passos para conseguir manter uma dieta saudável é perceber que ela não é e nem deve ser difícil de cumprir e punitiva.
- Uma nutricionista que revela que teve problemas com o próprio peso não é muito comum. Espera que a sua história inspire outros a levar uma vida mais saudável?
Ao contar a minha histórita espero conseguir inspirar outras pessoas à mudança. Eu não sou uma "super mulher". Eu tive problemas de peso como outras milhares, milhões de pessoas. Se eu consegui reaprender a comer e ter peso normal as outras pessoas também conseguirão.
- O facto de ter tido grandes oscilações de peso e passado do excesso de peso para a anorexia foi o que a levou a interessar-se pela área da nutrição?
A nutrição sempre foi uma área que me fascinava, e a minha luta constante com o peso teve obviamente influência na decisão. Ser nutricionista ajudou-me a chegar ao ponto de equilíbrio na minha relação com a comida. Finalmente!
- Revela que criou um plano alimentar para a vida, em que não se passa fome e não se abdica de alguns alimentos menos recomendados. Em que consiste essa dieta?
A minha dieta passa por não fazer dieta. O meu segredo é que, na verdade, não criei uma dieta, mas sim um plano alimentar para a vida! E isso faz toda a diferença.
Permite comer de tudo, sem passar fome, levando a que emagreça, e se aprenda a manter o peso. E vai de encontro ao que mais me pedem nas consultas: emagrecer e não voltar a engordar.
É a nossa dieta mediterrânea adaptada, revista e melhorada. É um plano em que se come várias vezes ao dia, onde os hidratos de carbono complexos não são abolidos. Este meu plano passa por comer bem, não sentir fome e perder peso. Impossível? Olhe que não.
- O lançamento do livro “A Minha Dieta” é o culminar de um processo? Pretende divulgar ao mundo a sua receita de sucesso?
Através do blog A Nitricionista e das consultas, coloco nas mãos dos meus seguidores as ferramentas de que precisam para reaprender a comer. Mas sinto que não é suficiente, pelo que decidi escrever este livro. Com o livro é possível reunir num só “local” as informações mais valiosas e que devem ser lembradas diariamente.
- O que podemos encontrar exatamente neste livro?
No livro vão encontrar a minah história, dicas e truques para ser mais fácil cumprir a "dieta" e receitas deliciosas e simples.
- É possível fazer-se uma alimentação saudável sem prescindir de algumas perdições diariamente?
Eu, certamente vítima de deformação profissional, e por experiência própria, continuo a acreditar que só se engorda se se comer mais do que aquilo que se gasta e que para emagrecer teremos que comer menos do que o que precisamos. Comendo bem. Sendo que comer bem não é sinónimo de comer muito, como muitos pensam.
O que são perdições? Se forem bolos ou fritos isso não são opções saudáveis.
- Porque é tão difícil fazer dieta? É um processo físico ou mais mental?
Tudo o que implica mudança é percebido como algo difícil. Sempre que necessitamos fazer algumas alterações a hábitos ficamos assustados. A neofobia é muito comum, mas depois de darmos o primeiro passo verificamos que afinal era bem mais simples do que pensamos.
É também um processo mental, daí a necessidade de aprendermos a pensar magro.
- Na área da nutrição, há correntes opostas sobre vários temas. Por exemplo, a gordura antes fazia mal e agora indicam que não será assim tão prejudicial. O azeite e as sardinhas também já conheceram os dois lados da barricada. O que diz dos estudos opostos que vão surgindo?
Há várias correntes mas algumas não têm nenhuma base científica. Outras têm e vão sendo usadas conforme a moda. Eu sou contra modas, sou a favor da ciência e do que nos pode ajudar a sermos mais saudáveis.
- Estamos em plena época das dietas. Quem conselhos daria a quem quer emagrecer para o conseguir de forma eficaz e sem peso na consciência?
O primeiro conselho: que leiam o meu livro.
Emagrecer é perder gordura, e não apenas peso. É fundamental saber comer para emagrecer. Seja equilibrado, não só no corpo como na alma. Com calma, sem estar o dia inteiro a pensar em comida, sem ansiedade - que muitas vezes desencadeia compulsão alimentar - é necessário descobrir outros prazeres na sua vida. Que uma vida sem prazeres é meio caminho andado para uma depressão.
- Promove algo muito curioso que é as refeições em frasco. São ideias para quem leva comida para o trabalho?
Os receitas em frasco são uma óptima forma de levar o almoço para o trabalho. Permitem manter as qualidades e a frescura dos alimentos, sendo uma forma simples e visualmente atrativa- porque os olhos também comem, de preparar refeições. Também uso os enfrascados ao pequeno almoço.
- Como é uma refeição ideal para si?
A minha refeição ideal não passa apenas pela comida que tenho no prato, mas pela companhia que tenho à mesa.
É preciso haver um equilibrio, um balanço na refeição. E que seja saboroso e simples de fazer Sopa de legumes, uma salada colorida, e um wrap de salmão!
Cheguei de férias e tinha imensos mails para ler e responder, mas há um que tenho que partilhar convosco.
A E. tínha-me dito que na próxima consulta me ia enviar uma um "Antes e Depois" com uma foto da Páscoa, mas felizmente não resistiu e recebi antes:
"...
Não resisto a enviar-lhe já o resultado, pois também foi graças ao si e a tê-la encontrado, que fez com que eu hoje pudesse olhar estas fotos e sentir-me tão feliz.
...
P.S. a diferença engraçada: na de 2015 um saco de chocolates na mão, na de 2016, o livro da Ni. Foi a troca perfeita."
É com muito orgulho que a E. permite que partilhe convosco as suas alterações, e é com mais orgulho ainda que a sinto diferente por fora e por dentro: mais feliz, confiante e motivada.
Todas as semanas, a Leya e a Smooth fm dão-lhe a conhecer um autor. A prepósito do meu primeiro livro, A Minha Dieta, conversaram comigo há algumas semanas.
Ontem fui ao Você na TV falar de enfrascado. Os frascos de vidro são a forma ideal de transportar e preservar os alimentos.
Vamos enfrascar estas receitas?
Pudim de chia e mirtilos
Num frasco pequeno colocar: um iogurte magro 0%, uma colher de sopa de sementes de chia, uma colher de coco e uma colher de mirtilos. Misturar com cuidado. Preencher o frasco com mais uma colher de mirtilos e fechar bem. Deixar durante a noite no frigorífico.
Salada de atum e espinafres
Num frasco médio colocar as seguintes camadas:
1. Molho: um fio de azeite, vinagre balsámico, pimenta e sal
2. Tomates cherry
3. 3 colheres de sopa de feijão frade cozido
4. Filetes de atum La Gondola
5. Espinafres (encher bem o frasco)
Fechar bem!
Salada de camarão e manga com molho de iogurte e abacate
Num frasco médio, colocar as seguintes camadas:
1. Molho: misturar previamente, meio iogurte grego magro não açúcarado com meio abacate pequeno, sumo de limão e pimenta caiena.
2. Tomates cherry
3. Fatias de manga
4. 1 chávena de camarão cozido e descascado
5. Mistura de folhas verdes, a quantidade necessária para encher bem o frasco.
Salada de quinoa e legumes grelhados
Num frasco médio, colocar as seguintes camadas:
1. Legumes grelhados (grelhar: beterraba, cogumelos, espargos, cenoura, beringela. Temperar com um fio de azeite, molho de soja light e pimenta)
Hoje foi dia de ir ao programa Você na TV, o programa da manhã apresentado pela Cristina Ferreira, falar do meu livro e dos meus enfrascados. Para quem não viu, ou quer rever, deixo o vídeo.
Amanhã coloco as receitas. Enfrascamos esta ideia?
Tenho o prazer de vos convidar para a apresentação do meu primeiro livro, A Minha Dieta, no próximo sábado na feira do livro de Lisboa pelas 18h no espaço Leya.
Vou mostra-vos algumas receitas de enfrascados saudáveis, simples e muito saborosos. A Helena Coelho estará comigo à vossa espera.
Hoje ao almoço apetecia-me sushi mas também queria uma salada. Fiz uma salada oriental e resolvi o problema.
Querem a minha receita? É só juntar os ingredientes e já está. Também podem fazer em versão enfrascada.
Salada Oriental
1/2 chávena de arroz de sushi pronto (para preparar: cozi 1 chávena de arroz em 2 1/2 de água. Depois de pronto, juntei 3 colheres de vinagre de arroz e umas pitadas de sal. Depois guardo no frigorífico num frasco bem fechado para estas eventualidades)
3 chávenas de folhas verdes
2 tomates cherry
1/4 abacate
1/3 lata de atum La Gondola
1/4 folha de alga nori
Gengibre em conserva
Sementes de sésamo
Molho de soja light
Sobre mim
Sou a Ni, sou nutricionista e este é o meu blog. Aqui partilho a minha paixão pelo fabuloso mundo da nutrição. Dizem que este é o melhor blog sobre nutrição do mundo e arredores!