Lembram-se do desafio que vos fiz na semana passada? Não consumir alimentos com açúcar de adição até ao Natal, é este o desafio. Muitas de vocês (até agora só mulheres aceitaram o desafio) já aceitaram, espero que hoje se juntei muitas mais.
O açúcar está presente em (quase) todos os alimentos. No entanto, com o surgimento de cada vez mais estudos que demonstram as consequências negativas que pode ter na nossa saúde, há uma preocupação crescente em cortar na ingestão de alimentos em que há a sua adição.
Muitas vezes as pessoas ingerem alimentos com açúcares "escondidos" só porque não sabem identificá-los nas tabelas de composição nutricional.
Qualquer ingrediente que termine em "ose" é um açúcar. Os mais frequentes são a sacarose, a glicose, a frutose e a galactose. Muitas vezes estes açúcares surgem sob a forma de xaropes.
O açúcar é considerado uma droga, pois, vicia e se consumido de modo regular, leva à perda de cálcio, magnésio e ferro. É responsável por um processo de inflamação generalizado, contribuindo para o envelhecimento precoce.
Os alimentos doces promovem certos estímulos cerebrais que podem viciar-nos em comida levando-nos a comer mesmo não tendo verdadeiramente fome.
A obesidade pode estar associada ao consume de alimentos ricos em açúcar altamento calóricos.
4 estratégias para cortar no consumo de açúcar:
Reduza o consumo de refrigerantes e de alimentos processados, se for comer sobremesa prefira sempre a fruta fresca, engane a vontade de açúcar com uma pastilha elástica sem açúcar, leia os rótulos.
Muitas vezes as pessoas ingerem alimentos com açúcares "escondidos" só porque não sabem identificá-los nas tabelas de composição nutricional.
Qualquer ingrediente que termine em "ose" é um açúcar. Os mais frequentes são a sacarose, a glicose, a frutose e a galactose. Muitas vezes estes açúcares surgem sob a forma de xaropes.
Os números da obesidade no mundo são já alarmantes e, por mais campanhas que se faça, parece que nada resulta.
O mesmo pensou David Kessler, médico norte-americano e antigo responsável máximo pela FDA, a agência dos EUA que regula os medicamentos e alimentos) que, depois de anos a lutar contra a balança, tentou perceber o que está por detrás do peso excessivo. O resultado é o livro "The end of overeating: taking control of our insatiable appetite", em que explica partes desse interminável processo.
No livro, destaca os três principais vilões para um peso saudável: sal, açúcar e gordura. E o elevado consumo destes três elementos faz que as pessoas comam mais, porque causam compulsão alimentar, estimulam os neurónios e ajudam a libertar dopamina, um neurotransmissor que faz aumentar a vontade de comer.
Este trio de engorda também é usado como ingrediente de base para uma série de alimentos. Por exemplo, a fast food é rica em açúcar, sal e gordura e muitas vezes é de tal forma processada que quase dispensa a mastigação.
Será que o cérebro não enjoa aqueles alimentos? Segundo o autor, a combinação de sal, açúcar e gordura não produz a resposta do organismo para se adaptar. Se o estímulo for suficiente, o cérebro não se cansa. É o caso de alguns "hiperpalatáveis", como o chocolate.
Alimentos cheios de açúcar, gordura e sal podem modificar algumas estruturas cerebrais. Elas estimulam o sistema de recompensa. Quanto mais comemos, menos conseguimos controlar a vontade.
Investigadores da Universidade de Yale confirmaram o que sempre suspeitamos: a ingestão excessiva de açúcar pode deixar as crianças irritadas e dispersivas.
O estudo concluiu que o doce, além de provocar oscilações dos níveis de insulina no sangue, também aumenta a quantidade de adrenalina e esta em excesso pode provocar ansiedade, excitação e dificuldades de concentração.
Segundo os especialistas, os efeitos negativos da ingestão de doces, rebuçados e refrigerantes são maiores e mais evidentes quando as crianças ingerem açúcar com o estômago vazio. Um exame feito às ondas cerebrais das crianças, logo após terem comido doces e bebido refrigerantes, revelou, na grande maioria dos casos, mudanças significativas na sua capacidade de concentração. Alguns adultos, submetidos a uma dieta semelhante, não apresentaram os mesmos efeitos.
Sabia que uma lata de refrigerante contém o equivalente a cinco pacotes de açúcar que usamos no café? E que um boião de fruta para bebé pode ter tantos açúcares como uma mão-cheia de gomas?
Os mais variados e insuspeitos produtos, desde bebidas a medicamentos, contêm grandes quantidades de açúcares, muitas vezes de um modo disfarçado e quase sempre sem a refência à percentagem que é adicionada.
Os fabricantes usam e abusam dos açúcares, não só porque intensificavam o sabor doce, mas também porque funcionam como conservantes e podem melhorar a textura e corrigir a acidez dos alimentos. Sem darmos por isso, praticamente desde que nascemos, estamos a ingerir quantidades exageradas de açúcares e a viciar o paladar e o corpo.
Ao contrário do que poderíamos pensar, os bolos, chocolates, gomas e rebuçados estão longe de ser a única fonte de açúcares simples ingeridos ao longo do dia. Molhos como o ketchup, cereais de pequeno almoço, frutas em conserva, pão de forma embalado e muitos outros alimentos prontos a consumir fornrcem-nos o supérfulo "pó branco" portador de calorias que acabam por não queimar e acumular sob a forma de gordura.
É bom ingerir alimentos ricos em açúcar antes de fazer exercício. Facto ou Mito?
MITO!
Não é aconselhável a ingestão de alimentos muito ricos em açúcares simples antes de fazer actividade física (barras de cereais, bolos, chocolates, refrigerantes,...). Estes alimentos promovem a subida rápida de açúcar no sangue, podendo depois até ocasionar uma sensação temporária de fraqueza provocada pelo fenómeno de "hipoglicémia reactiva". O mais indicado é que cada indivíduo ingira uma refeição particularmente rica em hidratos de carbono complexos (por ex., arroz, batata, massa, pão) e líquidos (por ex. sopa e água) 3 a 4 horas antes de fazer exercício, ou, se isso não for possível, um lanche, como um pão de centeio com fiambre de peru e leite magro, ou uma barra de cereais integrais e sumo não açucarado, entre 60-90 minutos antes do exercício. Se optar por se exercitar de manhã, pode sempre ingerir um pequeno snack antes de sair de casa. Uma peça de fruta e um iogurte sólido magro representam uma opção interessante.
Um bom estado de hidratação é essencial para evitar a fadiga precoce. A ingestão de água frequente ao longo de todo o dia e um maior aporte nas horas que antecedem a prática de exercício - cerca de 500ml nos 60-90 minutos que o precedem- são recomendáveis.
Nas últimas semanas quem não viveu rodeado por doces? Quem resistiu aos doces da Páscoa? Raros são os que se acusam, recusando uma fatia de pão-de-ló, um saco de amêndoas, um bombom ou alguma outra sobremesa. Este excesso de açúcar típico das festas não é amigo da saúde. Sobretudo porque se junta a outros abusos gulosos que se cometem durante todo o ano. Sem abusos diminui-se o risco de o doce se tornar amargo. Leia a crónica completa: aqui.
Sobre mim
Sou a Ni, sou nutricionista e este é o meu blog. Aqui partilho a minha paixão pelo fabuloso mundo da nutrição. Dizem que este é o melhor blog sobre nutrição do mundo e arredores!