Anorexia alcoólica
Segundo certos estudos, um terço das mulheres que apresentam distúrbios alimentares também abusam do álcool. Dentre estas, a maioria apresenta anorexia do tipo purgativo.
O álcool, consumido em excesso, pode reduzir um pouco o apetite, e como é altamente calórico permite que a pessoa se mantenha em pé. Mesmo sendo uma fonte calórica, o álcool substitui o alimento sob a forma de “calorias vazias”, ou seja não nutre. Pois o álcool não é utilizado eficientemente pelo organismo como uma forma de combustível.
Tanto a digestão como a absorção de nutrientes são prejudicadas, já que a nutrição nestas condições ocorre sob a influência de uma deficiência de tiamina, vitamina B12, ácido fólico, zinco e aminoácidos.
Com o metabolismo alterado, os micronutrientes (folato, tiamina, piridoxina, vitamina A, vitamina D, zinco, selénio, magnésio e fósforo) sofrem alterações. As consequências desta doença passam por distúrbios nutricionais importantes com alterações orgânicas como arritmias, convulsões, doenças neurológicas, anemia, distúrbios menstruais, alterações da tiróide e endócrinas. Portanto, além da perda de apetite, podem ocorrer complicações como a esofagite, gastrite hemorrágica, hepatite alcoólica e diabetes.
O tratamento deve passar por acompanhamento comportamental e nutricional para controlo das duas doenças associadas: o transtorno alimentar. São necessárias estratégias como trabalhos de grupo, reuniões do AA (Alcoólicos Anónimos) e avaliações clínicas para medir e tratar os problemas orgânicos.
Os sintomas da anorexia alcoólica
- Comportamento de excitação em relação à alimentação
- Evitar situações sociais onde haverá alimentos (almoços, jantares)
- Dar desculpas ou justificativas para não comer
- Preocupação excessiva com o peso
- Grande perda de peso
- Estar desnutrido
- Sinais de depressão, tristeza ou isolamento
- Mostrar sinais frequentes de embriaguez
- Mostrar-se mais agitado, irritado e confuso
- Mostrar-se abalado emocionalmente
- Dificuldade de raciocínio